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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Reciclagem de geladeira é novidade no Brasil

Medida tem como principal meta a preservação do meio ambiente, além de contribuir para o setor econômico brasileiro

O sistema de reciclagem de geladeiras, de origem suíça, já chegou às fábricas do Brasil e é uma das medidas do Plano Nacional de Mudança Climática. A substituição dos eletrodomésticos que ainda utilizem clorofluorcarboneto (CFC) – presente no sistema de refrigeração dos aparelhos mais antigos – teve início em 2006, pois este  gás polui o meio ambiente e prejudica a camada de ozônio.
A estimativa do governo é tirar de circulação pelo menos 1 milhão de geladeiras antigas por ano, a partir de 2011, o que deve economizar cerca de 1.000 megawatts de energia, além de evitar emissões equivalentes a mais de 30 milhões de toneladas dos gases de efeito estufa. As indústrias que adotarem a medida podem adquirir vários tipos de matérias-primas como ferro, aço, alumínio e plástico, que poderão ser comercializadas para outras empresas. 

Nas fábricas, o processo é industrializado e os gases contidos nas geladeiras são recuperados. Depois, os equipamentos passam por uma triagem e, se ainda houver gases poluentes, o material é retirado e tratado.  As partes móveis são recolhidas e o restante é triturado. O processo é realizado manualmente, principalmente por ‘sucateiros’, que coletam os materiais rentáveis comercialmente.

Com duas linhas de montagem, é possível reciclar até 50 geladeiras em uma hora, e não há reaproveitamento de nenhuma parte do eletrodoméstico: tudo é modificado e vendido como matéria-prima. “O impacto da fábrica dependerá da maneira como for realizada a reciclagem e, principalmente da quantidade de gases que forem recolhidos”, afirma Edson Thomaz, engenheiro químico da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Perspectivas com a reciclagem
A retirada e absorção do gás funcionam através de um processo técnico no qual as moléculas gasosas são quebradas em pequenas partes, e logo após, é feita uma recombinação controlada que se transforma em um líquido ácido. “A eficiência de processamento do equipamento permite retirar mais de 99% dos gases CFCs existentes no refrigerador, tanto no sistema de refrigeração quanto na espuma de isolamento”, afirma Thiago Benevides, assessor de imprensa da fábrica Revert Brasil, uma das pioneiras a adotar a medida.

Além da preservação do meio ambiente e economia de energia, a iniciativa responsabiliza as fábricas a dar um destino legal aos produtos inutilizáveis, pois em agosto foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma nova política nacional de resíduos de sólidos, na qual as industrias devem recolher e dar um destino a todos os equipamentos descartáveis. Quem descumprir a lei receberá uma multa ambiental.

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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Conferência Mundial da Juventude reúne milhares de pessoas no México

ONU participa de evento e celebra 2010 como o ano dos jovens
Divulgação
Foi encerrada, nesta terça-feira, a Conferência Mundial da Juventude de 2010 (CMJ), na cidade mexicana de León. O evento, iniciado no dia 23, busca identificar as maiores necessidades de 1,2 bilhão de jovens no mundo e incorporá-los aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Além disso, deverá desenvolver propostas aos governos para a agenda internacional de desenvolvimento. Foram reunidos cerca de 25 mil jovens de 112 países, representantes da sociedade civil, governos e parlamentos de 194 países.

A CMJ desenvolverá uma declaração que será enviada a uma cúpula marcada para setembro em Nova York, com os objetivos e expectativas juvenis. Entre as prioridades da ação juvenil estão a melhoria na educação e a oportunidade de conseguir um ensino primário universal. Os jovens também enfrentam sérios problemas de saúde, como o HIV. No encontro, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) mostrará como a educação sexual desempenha um papel importante na sociedade, principalmente com a conscientização. Outros assuntos tratados incluem a pobreza, prevenção de dependências e energias renováveis.

O jovem Felix Fernando Siriani, 24, analisa o evento como um marco importante. “Atualmente, vemos que em muitos países a juventude é violentada e tem seus direitos negligenciados. A Conferência Mundial vem abrir instrumentos de diálogos globais. Deste modo, é importante sermos protagonistas de ações que possam contribuir com a construção de uma agenda internacional de direitos juvenis”, opina.

A Organização das Nações Unidas (ONU) elegeu 2010 como o Ano Internacional da Juventude para incentivar o progresso. Segundo o Presidente do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) e Secretário Adjunto da Secretaria Nacional da Juventude, Danilo Moreira, a iniciativa alcançou metas favoráveis. “Se formos analisar as suas resoluções e o que virou realidade, podemos registrar vitórias. Citaria três exemplos: a criação das Praças da Juventude pelo Ministério do Esporte, a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Juventude pelo Congresso Nacional e a adesão do Brasil  à Convenção Internacional das pessoas com deficiência”, conclui.

Projovem Urbano

A Secretaria Nacional da Juventude, em comemoração ao Dia Internacional da Juventude, realizou nos dias 11 e 12 de agosto, a 1ª mostra de Produções do Projovem Urbano, no pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília (DF). A atividade espera unir os jovens para proporcionar a troca de experiências einteratividade entre eles, além de inseri-los no processo de escolarização. 

A atividade, que tem duração de 18 meses, é destinada às pessoas entre 18 e 29 anos que não concluíram o ensino fundamental. O programa vai aliar a formação do ensino fundamental com a iniciação profissional. O aluno participante receberá uma bolsa auxílio mensal no valor de 100 reais, pago mediante a entrega dos trabalhos escolares e frequência de no mínimo 75% nas aulas.

O programa juntamente, com outras quatro modalidades (Projovem Integrado, Projovem Adolescente, Projovem Campo e Projovem Trabalhador), espera beneficiar cerca de 2 milhões de pessoas. “Para que a atual geração tenha um futuro melhor, precisamos investir nos jovens com políticas e programas que assegurem o pleno desenvolvimento. Não alcançaremos a condição de grande potência econômica e social sem apostar na capacidade e no potencial da juventude”, conclui Moreira.

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Organização Pastoral Carcerária desenvolve relatório contra tortura

Iniciativa tem como objetivo pressionar o governo a seguir convenção adotada pela ONU
Divulgação/ Pstoral Carcerária
A Pastoral Carcerária, entidade da Igreja Católica, desenvolveu um texto com o objetivo de evitar os maus-tratos nas prisões brasileiras. A instituição é vinculada à Conferência Nacional dos Bispos que organiza visitas periódicas aos presos a fim de evangelizá-los. O “Relatório sobre Tortura: uma experiência de monitoramento dos locais de detenção para prevenção da tortura” foi lançado último no dia 2 na Secretaria de Justiça do Estado de São Paulo.

O documento relata um histórico de violência cometida por integrantes da Polícia Civil e os casos que envolvem policiais militares, geralmente ocorridos nas ruas e outros locais privados. Segundo o assessor jurídico da entidade, José de Jesus Filho, as torturas ocorrem por várias razões. “A população prisional é composta por uma maioria de pobres com escassos meios de defesa. A confissão é tida como prova suficiente para se condenar uma pessoa, o que leva muitos policiais a buscar a confissão por meio da tortura”, conta.

As denúncias são feitas pelos próprios presos, seus familiares e até mesmo por funcionários das detenções, como os agentes penitenciários. Os casos são encaminhados pela pastoral a um advogado, que os leva ao conhecimento do Ministério Público. O estudante Diego Nunes trabalha há 9 meses como voluntário na Pastoral Carcerária do estado de Minas Gerais e afirma que a iniciativa da entidade tem surtido diversos efeitos positivos. “Os presos se sentem acolhidos e nossa ação é como a Igreja presente entre eles”, opina.

 A Organização quer que o Brasil siga a convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a tortura, que pretende monitorar penitenciárias e locais que são privados de liberdade. “É fundamental que haja mecanismos de monitoramento de locais de detenção, de modo que haja um melhor controle sobre a vida nas prisões”, comenta Filho. O evento de lançamento do relatório contou com debates sobre a situação do sistema prisional brasileiro e a tortura no país.

Conheça mais sobre a Pastoral

A Pastoral Carcerária, também conhecida como Pastoral Presidiária ou Pastoral Penal, é uma ação humanitária da Igreja Católica que atua com membros voluntários em todos os estados brasileiros. Seu objetivo é amparar os detentos através da evangelização para minimizar as chances de reincidência de crimes dos presos que vierem a ganhar a liberdade. Ao serem soltos, muitas vezes os ex-detentos não conseguem viver dignamente devido ao preconceito e se tornam vulneráveis a voltarem ao mundo do crime.

Com isso, a entidade age como um incentivo, na busca por melhores expectativas de vida. Além disso, a ação humanitária colabora para a conscientização das autoridades. “Em alguns locais onde mantivemos insistentes visitas com vistas à redução da tortura, o número de reclamações por parte de detentos diminuiu. Administradores prisionais passaram a ser mais cautelosos e seguir melhor os protocolos”, conclui o assessor jurídico da instituição.

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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Amor não tem sexo? A união homoafetiva é tema de debate em diversos países

Algumas nações e até mesmo igrejas já autorizam o casamento gay, porém a questão ainda está longe de um consenso
Divulgação

Apesar de ser visto por muitos como algo imoral e de estar permeado de preconceitos, o casamento homossexual é cada vez mais aceito. A união entre pessoas do mesmo sexo existe desde o princípio da humanidade, sendo até comum nas sociedades grega e romana. Mas, na modernidade, ela ainda é questionada, principalmente pelas igrejas. Algumas, porém, abençoam o casamento gay, como a Igreja para Todos, a Igreja Cristã Contemporânea e a Comunidade Cristã Nova Esperança.


Quanto aos países, alguns já autorizam o casamento homoafetivo, entre eles Holanda, Suécia, Portugal e Canadá. A Argentina tornou-se a primeira nação da América Latina e a 10º a autorizar. No Brasil, é possível tirar apenas um registro oficial em cartório de união estável. Para Felipe Santos, 21, homossexual assumido desde os 18 anos, "o Brasil deveria legalizar de uma vez o casamento gay, assim como outros países. Esse seria um passo importante para amenizar o preconceito, que ainda está presente na sociedade", diz.


É preciso lembrar que os homossexuais têm direitos assegurados pela Constituição Federal Brasileira, a qual se propõe a promover o bem de todos sem preconceito de sexo e proíbe a discriminação. Mas a pressão para que o direito brasileiro não avance na questão é visível em certos setores da sociedade. "O que vemos por enquanto são retrocessos por parte do Legislativo, devido às bancadas religiosas, principalmente as evangélicas, que obstruem as votações, rejeitando todos os projetos de lei apresentados por aqueles que visam à igualdade entre homo e heterossexuais", declara a advogada especialista em Direito Homoafetivo, Sylvia Maria Mendonça do Amaral.



Casamentos gays vão a público e causam polêmica no Brasil


Em 2008, a cerimônia de união do jornalista Felipeh Campos e do produtor de moda Rafael Scapucim atraiu diversos curiosos e a imprensa. Ela foi realizada no Espaço Ônix, em São Paulo, e contou com a presença de mais de 600 convidados. Os dois formaram um contrato de parceria civil. O casamento ficou famoso pelo fato de Felipeh ser conhecido por seu trabalho como dublador no programa "Qual é a Música" (SBT) e por suas participações no "Super Pop" (Rede TV).

Ao som da Marcha Nupcial, quatro casais gays promoveram um casamento coletivo em 2009. A celebraçãofoi realizada na sede do Sindicato dos Químicos, no bairro da Liberdade, em São Paulo. Os casais – um de homens e três de mulheres – foram abençoados por um reverendo da Igreja da Comunidade Metropolitana e orientados a fazer um registro de parceria civil em cartório para oficializar a união.

Os pastores Marcos Gladstone e Fábio Inácio, fundadores de uma das maiores igrejas evangélicas do Brasil que aceitam o homossexualismo, a Igreja Contemporânea Cristã, se casaram ano passado e assinaram o contrato de união estável. Aproximadamente 300 convidados compareceram à celebração, que aconteceu na Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com o sociólogo Júlio Gonzáles, "somente com uma reforma constitucional poderá haver o casamento entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. Caso não ocorra, a única maneia encontrada pelos homossexuais é se casar simbolicamente, já que esse matrimônio aqui não é permitido", explica.


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Esportes radicais e acidentes fatais crescem de mãos dadas no Brasil

A prática exige força e coragem e vem ganhando cada vez mais adeptos. Mas é preciso cautela para não colocar a própria vida em risco
Divulgação

Em busca de fortes emoções, pessoas de todas as idades estão se arriscando nos esportes de aventura: modalidade ideal para aqueles mais ousados e que procuram fugir da rotina. O sucesso desse ramo entre os brasileiros está gerando um vasto comércio: são cursos, equipamentos, viagens especializadas e locais de treinamento específicos.

No entanto, os esportes radicais – como rapel, tirolesa, mountain bike e paraquedismo – são caracterizados pelos riscos que trazem a quem os pratica e pela alta possibilidade de ocorrência de um acidente grave e até mesmo fatal. Um caso famoso é o do brasileiro Eduardo Silva e de sua mulher, Rita Bragatto. Em 2005, eles conseguiram chegar ao cume do Pico do Aconcágua, na Argentina. Mas, na descida, não aguentaram. Eduardo morreu de parada cardíaca. Rita sobreviveu após passar uma noite inteira a 6,8 mil metros de altitude e ter partes do corpo congeladas.

Com o aumento da procura por esse tipo de esporte, acidentes como esse passaram a ser rotina nos noticiários. O mais recente é o da professora universitária Sônia Stamm. Ela faleceu no dia 16 de janeiro deste ano, depois de sofrer um acidente de paraquedas na cidade de Pato Branco, no Paraná. A Polícia Civil investiga se houve imprudência dos organizadores do salto ou se o acidente ocorreu por falha da vítima ao acionar o equipamento. Sônia havia iniciado um curso de paraquedismo em setembro e, segundo informou seu instrutor, Marcos Macagnan, o salto foi dado pelo marido como um presente de casamento.

Em meio a tantas fatalidades, o instrutor de paraquedismo Roberto Pacheco dá um alerta aos que desejam se aventurar: "No momento do salto, deve-se ter cautela redobrada, principalmente com os iniciantes, que precisam seguir à risca todos os procedimentos que passamos antes. Tudo deve ser minuciosamente testado para evitar que tragédias aconteçam", explica.

Consultar especialistas e se equipar adequadamente são a chave para a diversão segura

Por outro lado, é provado que os esportes radicais também trazem muitos benefícios. "Faz muito bem à saúde e combate o estresse", informa Roberto Pacheco. E os praticantes esclarecem que esse tipo de esporte proporciona uma sensação indescritível, por liberar adrenalina. Para o advogado Felipe Reis, apaixonado por aventuras, esse é justamente o atrativo. "Eu pratico esportes radicas há sete anos e amo o que faço. O que mais gosto é o paraquedismo. A sensação do vento no meu rosto é pura adrenalina", conta.

Mas, antes de se aventurar, é importante estar em dia com exames médicos e assegurar-se de que todas as ferramentas sejam manuseadas corretamente. Segundo aconselha o professor de educação física Diogo Nassan, é necessário ter consciência dos riscos que se corre. "Os praticantes são atraídos pelo perigo e pelo desejo de superar seus desafios. Mas é preciso estar atento em todos os momentos e testar todos os equipamentos a serem usados. O alpinista, por exemplo, tem que se equipar adequadamente, pois essa é a garantia de sua segurança. Qualquer falha pode ser fatal", alerta.

Portanto, para tirar um bom proveito do esporte, estar atento a esses fatores é imprescindível, além de se informar, com ajuda de instrutores, sobre a modalidade a ser praticada e sobre quais equipamentos garantirão a segurança. "Minha recomendação é que as pessoas procurem por empresas credenciadas e que façam cursos com profissionais realmente capacitados que possuem conhecimentos técnicos. Muitos optam por fazer tudo sozinho, colocam os equipamentos de maneira errônea, o que acaba em fatalidade", informa Nassan.

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